Olha o carro da pamonha, não perca!
Meu livro entrou em pré-venda e esse sou eu fazendo propaganda
Hoje é domingo de outono, temporada de touro (pra quem é de astrologia), faz sol em São Paulo e seria muito conveniente se o carro da pamonha, do curau e do puro suco de milho verde direto de Piracicaba tivesse descendo a rua agora. Inclusive, deu vontade.
O que eu venho anunciar não é tão gostoso quanto bolo de milho, sinto muito, mas tem seu sabor.
‘Magia do desejo suave’, meu livro, está oficialmente em pré-venda no site da editora Minimalismos (!).
Desde a atividade até às condições que permitem alguém escrever um livro há becos, entraves, abismos e dor. E isso não sou eu contribuindo para uma “aura” mágica do escritor, também não acredito nessa aura. Falo da insistência. Eu não preciso escrever. As pessoas não precisam me ler. O mundo continuaria sem minhas frases. Eu sobrevivo sem literatura. Mas a verdade é que eu não quero - e é por isso que insisto.
Bem, enquanto algumas pessoas encomendam o livro, eu trabalho com a editora nos detalhes do miolo: já revisei tanto que me descolei dessas histórias quase totalmente. Ler com olhar de acabamento é outra coisa. Me sinto exatamente como imagino uma mãe nas últimas semanas antes de entrar em trabalho de parto. Ela já sabe o sexo, presume que ele ou ela vá gostar de verde, decora, prepara a mala da maternidade, toma um banho e sente os chutes do bebê pedindo pra sair.
Eu quero mais disso, inclusive. Mal pari e já quero fazer mais e mais bebês.
Enfim. Vamos a alguns detalhes.
O livro
Magia do desejo suave foi escrito entre maio de 2022 e janeiro de 2023, e reúne histórias curtas que refletem um período de importantes transições. Essas histórias foram escritas no ano que coincide com meu retorno à São Paulo (eu morei no interior durante toda a pandemia). Voltei com um novo emprego e para uma nova casa, e embora tenha retornado ao mesmo bairro onde estudei, vivi, namorei e trabalhei, São Paulo estava muito diferente.
Alguns amigos haviam se mudado, outros se divorciaram. Uns mudaram a aparência radicalmente, e também as preferências (em sentido amplo); outros se converteram para um culto. E houve também perdas significativas e irreparáveis, também retratadas no livro.
Meus personagens são os que a vida me deu
Além dessa inconstância subjetiva, o Brasil passava por uma transição bastante específica nas eleições de 22. A cidade inteira estava hostil, pessoas se atacavam o tempo todo, pisamos em ovos e destroços, vaiamos. Muita pobreza nas ruas e ao mesmo tempo muitos restaurantes novos e bares, e mercearias naufragando devido à ascensão do Oxxo no país.
Em geral, penso que esse livro é uma confissão de angústias, emoções e pensamentos que refletem esse período específico. Meus personagens são os que a vida me deu, e eu mesmo tentei abrir mão de mim para que esse narrador tivesse vida própria.
Espero ter conseguido chegar perto disso. Depois vocês me contam.
A pré-venda
Bem, o livro entrou em pré-venda. Quem comprar nas próximas três semanas, têm desconto de 10% e, claro, começa a receber primeiro quando for oficialmente lançado, em maio.
Essa compra antecipada também é importante para a editora e para mim, já que é pela pré-venda que entendemos a aceitação do livro.
Se puderem, comprem, divulguem e me aguardem, porque vai ter evento de lançamento aqui em São Paulo (e em outras cidades, se tudo der certo) e mal posso esperar para comemorar esse capítulo com vocês 🥂 Mais detalhes serão divulgados em breve.
Com todo meu amor - e desejos nada suaves por pamonhas -,
Lulu.